segunda-feira, 18 de julho de 2011
A música na vida das pessoas
Não se tem registro concreto de quando que surgiu a música, ou a primeira sonoridade rítmica ou melódica criada pelo homem.
É permitido dizer que a música é a forma de combinar sons e silêncio. E sempre fez parte de nossa vida desde o princípio quando as melodias vinham apenas da natureza.
A música já foi usada como diversas maneiras de marcar determinada cultura ou época. Nos dias atuais, é mais uma forma de identidade e destaque entre os jovens que ouvem diariamente em: Mp3’s, Mp4’s, Ipod’s, Iphone’s, celulares, computadores, entre outros meios de reproduções sonoras.
A estudante de jornalismo, Amanda Claudino, 20 anos, declara: “A música Kiss-me, do Sixpence None The Richer, marcou minha vida. Ela costuma ser meu toque de celular e quando ouço tenho boas recordações. E atualmente, estou ouvindo Valerie, versão Glee e Fearless, da Taylor Swift. Muito brega?” pergunta a estudante que ouve músicas românticas, diferente de seus colegas.
No Brasil a influência de referências internacionais nas músicas é grande, pouco se ouve das músicas de profundidade cultural que existe no país.
“Não ando tão cult (risos). Ouvindo muito Born This Way, da Lady Gaga, não que tenha marcado minha vida, mas desde o começo de maio, estou ouvindo todos os dias.” Responde a educadora, Suelen Arypers, 23 anos, quando é questionada sobre qual som prefere ouvir.
Infelizmente, essas músicas consideradas “POP’s”, são de forte apelo comercial e com letras de fácil decoro.
“Em São Paulo, tinha muitas serenatas, as moças adoravam quando íamos embaixo da janela cantar. Era pura declaração de amor.” Lamenta o aposentado, Miguel Cabrera, 62 anos, que conquistou a esposa Iraci de Oliveira, 58 anos, dona de casa, “Nossa me apaixonei por ele. Meu pai ficava bravo, só que mesmo assim ele sempre ia se declarar para mim. Nos dias de hoje não tem mais isso, se perdeu o romantismo. Parece que a garotada está mais preocupada com os amigos. Com essas músicas altas que não dá para entender o sentido.”
O bairro de Ipanema, na cidade do Rio de Janeiro, sofreu por contraposição de opiniões quando o governo autorizou a polícia militar a impedir a festa eletrônica ou os bailes funk para ter um de réveillon com música contemporânea na praia. (Publicada no site G1 da Rede Globo, em 18/01/09).
O músico Robson Verdi, 23 anos, dá sua opinião sobre o assunto: “Movimentos musicais contemporâneos com a MPB, a Bossa Nova, o Samba, etc. são pouco ouvidos pela nova geração, que prefere música para dançar e composições estrangeiras. Talvez, porque, as pessoas do século XXI se adaptaram a ouvir e a procurar mais por diversão, letras e batidas fortes do que melodias e letras significantes. Também, acho que a indústria musical investe mais nesse tipo de som classificado como pop por ser de fácil aceitação”.
O estudante de publicidade, Raphael Beroni, diz que mesmo com esse crescimento de músicas comerciais ele ainda consegue achar alguma música que o satisfaça, “Em The Dog Days Over , de Florence + The Machine, me dá a sensação que as coisas iram melhorar.”
De acordo com pesquisas, além de a música trazer à tona sentimentos pessoais, como alegria, tristeza, amor, saudade, entre outros. Ela auxilia na produção de endorfina, esse hormônio causa a sensação de bem- estar e relaxa o corpo, diminuindo os batimentos cardíacos e a pressão arterial. Podendo ser usada como complemento no tratamento de doença como: hipertensos, doentes crônicos, crianças com problemas cognitivos e até portadores de necessidades especiais. (Segundo o artigo publicado no site O Globo, em 11/07/2010).
A professora, Virgínia Salomão, de 32 anos, declara que a música está fazendo parte fundamental nessa fase que está vivendo, “A música Feel no pain, do Sade, está super oportuna... Desemprego é o tema.”
Boa ou ruim a sempre uma música e uma época que marca a vida de cada um. Assim, como uma fotográfia, registra um momento único e pessoal de cada indivíduo.
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